Imaginando é uma metodologia de ensino desenvolvida
na Universidad Complutense de Madrid (UCM), em 2011, e aperfeiçoada no Brasil,
no âmbito do Grupo de Pesquisa Acervos Fotográficos, em disciplinas da
pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília (UnB),
ligadas aos acervos fotográficos. A primeira experiência deu-se em 2012, na
UnB, com a colaboração in loco de docente
da UCM. A partir de então foram feitas diferentes aplicações em diferentes
instituições nacionais e internacionais. Até o momento já foram realizadas as
seguintes aplicações da criação e discussão de fotos-conceitos:
- 2012:
curso de pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade de
Brasília (UnB).
- 2013:
curso pós-graduação em Ciência da Informação da UnB, no programa de
doutorado interinstitucional na Universidade Federal do Espírito Santo.
- 2013:
curso de pós-graduação em Ciência da Informação da UnB.
- 2014:
curso de extensão sobre análise de imagens no Instituto Tecnológico
Metropolitano (Medellín/Colômbia).
- 2014:
curso de pós-graduação em Ciência da Informação da UnB.
A metodologia Imaginando, que pode ser usada em qualquer área do conhecimento,
compõe-se basicamente de cinco etapas: (i) discussão teórica com os alunos,
embasada em bibliografia especializada, para atingir um nível comum de
compreensão conceitual de termos específicos; (ii) produção de imagens
inéditas ‑ e/ou reaproveitamento de
imagens anteriores feitas pelos próprios participantes ‑, representativas de
tais ideias e/ou conceitos; (iii) consolidação dos conceitos mediante discussão
das imagens realizadas por todos (alunos e professores) em sala de aula; (iv)
ajustes nas imagens ou produção de novas em função de tal debate; (v)
elaboração de ficha descritiva e texto explicativo sobre cada imagem final, com
vistas à documentação, criando um banco de imagens de uso não-comercial. O
ciclo pode, a partir daí, ser reiniciado com outras temáticas e conceitos.
Em 2013, em nova aplicação da
metodologia no Brasil, inovou-se ao buscar a apresentação dos resultados para
um público leigo em um ambiente de grande circulação de pessoas. Transformando
a criação de imagens-conceito em uma exposição voltada para o grande público. Eram
exibidos painéis com as fotos-conceito, sem, no entanto qualquer explicação
sobre elas. Ao público eram distribuídas pequenas definições de conceitos
arquivísticos (2 linhas no máximo) em recortes de papel avulso, a serem
afixadas em cada imagem. Após 15 minutos de exercício o público era convidado a
encerrar as atividades e a observar outros dois painéis, com a reprodução das
fichas informativas das imagens observadas, e a correspondente identificação
dos conceitos. Seguia-se um debate sobre a pertinência ou não de cada imagem
para cada conceito. Em 2014, na Universidad de Antioquia (Colômbia) e na
Universidad Pablo Hurato (Chile), os recortes de papel com as definições foram
substituídos por fichas em branco, com pequenas miniaturas das imagens, para
serem preenchidas por cada participante do público e, posteriormente, entregues
à equipe da exposição. Os conceitos foram distribuídos na forma de uma listagem
grande, passível de consulta por todos os participantes. Essa nova sistemática
agilizou a atividade, além de evitar que os últimos respondentes realizassem o
exercício com base em respostas anteriores, além de permitir que a equipe
pudesse manter registros (as fichas respondidas) da atividade realizada e das
respectivas respostas (que são variáveis, conforme o público envolvido).
Até o momento já foram realizadas as
seguintes aplicações da exposição:
- 2013:
curso de Arquivologia da UnB
- 2013:
curso de pós-graduação em Ciência da Informação da UnB
- 2014:
curso de graduação em Arquivologia da UdeA
- 2014:
curso de especialização em arquivos da UPH
- 2014:
curso de Arquivologia da UnB
- 2014:
curso de pós-graduação em Ciência da Informação da UnB
A metodologia Imaginando vem se
mostrando um ótimo recurso para o trabalho conceitual em sala de aula, desde
sua primeira aplicação em 2011, na UCM (Espanha). Além do aprimoramento
didático, o uso continuado da metodologia está produzindo um amplo banco de
imagens-conceito de livre uso não comercial. Com a inovação promovida em 2013 ‑
e aperfeiçoada em 2014 ‑ conseguiu se apropriar da metodologia para melhorar
compreensão dos conceitos arquivísticos em um publico não especializado, além
de auxiliar na difusão e melhoria da imagem da Arquivologia em geral..
Saiba mais sobre o projeto e tenha acesso a ficha de identificação das fotografias aqui.
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